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Durante os passados dias 12 e 13 de Novembro celebrou-se o “Téglás Napok”, que se pode traduzir como o "Dia do tijoleiro", em Hortobágy (Hungria).

O “Téglás Napok” deste ano dividiu-se em dois dias de actividades. No primeiro dia realizaram-se diferentes conferências e apresentações, enquanto que no segundo dia foi visitada a cerâmica Hajdúnanás de Wienerberger.

Da jornada de conferências, realçamos a contribuição do Sr. Aladar Kató e da Sra. Judit Dudas, respectivamente presidente e administradora da MATÉSZ (Associação húngara de ceramistas), que reforçaram a necessidade da criação de um cluster cerâmico na Hungria.

A segunda jornada terminou com um agradável almoço de encerramento.

A AMEC é uma associação empresarial privada sem fins lucrativos, com sede em Barcelona, que foi fundada em 1969 com o objectivo de fomentar a exportação e a internacionalização das empresas associadas e de melhorar a competitividade dos seus sectores.

Com o tempo, a AMEC consolidou-se como uma associação empresarial de referência, com escritórios em Madrid, Xangai, São Paulo, México DF, Buenos Aires e Tunísia, e com mais de 500 empresas exportadoras associadas, organizadas em 11 agrupamentos sectoriais.

A propósito do 40º aniversário, a AMEC está a realizar uma série de eventos com o slogan “AMEC, 40 anos a desbravar caminhos” e, entre outras iniciativas, decidiu distinguir uma série de empresas, entre as quais a BERALMAR, pela sua trajectória empresarial. A BERALMAR foi distinguida, mais precisamente, na categoria de “Empresa que contribuiu para o dinamismo associativo”, num grande evento realizado no dia 15 de Outubro no auditório CaixaForum de Barcelona.

Entre outros galardoados no referido evento, é de realçar a CUSTO BARCELONA como a “melhor marca de 2009”, prémio recebido por Custo Dalmau, os Jogos Olímpicos de Barcelona 92 como o “melhor acontecimento”, prémio recebido por Pasqual Maragall, à altura presidente da câmara, e o cozinheiro Ferran Adrià como a “melhor pessoa”, uma distinção que realça a humildade e a devoção ao trabalho de quem é considerado o melhor chef do mundo.

A AMEC editou um livro que detalha as notas biográficas dos gerentes das empresas distinguidas, como foi o caso de Ramón Sarió, director-geral da BERALMAR TECNOLOGIC S.A.

A BERALMAR estreou em 2009 o novo departamento de automatismos, que pressupõe um grande salto qualitativo como fornecedor da indústria cerâmica. Por isso, pareceu-nos oportuno ter a seguinte conversa com o seu responsável, Cayetano Jiménez.

NEWSLETTER BERALMAR: Os nossos leitores gostariam de saber quem é Cayetano Jiménez e que experiência tem no nosso sector.

CAYETANO JIMÉNEZ: Bem, desde que comecei em 1969 como projectista na SEVECO, fabricante de automatismos ligado ao grupo AGEMAC, até aos dias de hoje, conto com 40 anos de experiência no mundo dos automatismos para a indústria cerâmica. Fui director de projectos na SEVECO de 1974 a 1990, cargo que conciliei com o de director do gabinete técnico da AGEMAC de 1990 até 1998, quando o grupo AGEMAC faliu. Desde então fiz parte, sempre como director técnico, dos projectos INGICER e PRC, até chegar à BERALMAR neste mesmo ano.

NB: Parece-nos que dirigiu muitos projectos de linhas completas de automatismos em imensos países.

CJ: Sim, é verdade. Nas organizações das quais fiz parte, tive a sorte de realizar projectos para a Europa Ocidental, antiga União Soviética, China, América do Norte, países árabes, sudeste asiático, América Latina, África do Sul, Austrália...

NB: Não teria sido mais rápido responder "no mundo inteiro"?

CJ: O mundo é muito vasto, mas é verdade que devo ter dirigido projectos destinados a uma trintena de países.

NB: O que representa, para um profissional com a sua experiência, chegar a uma empresa como a BERALMAR?

CJ: É muito gratificante. Apesar de a BERALMAR nunca ter fabricado automatismos, sempre se caracterizou por ser um fabricante pioneiro e inovador em tudo o que toca. É uma empresa de primeira categoria, que me permite continuar a minha trajectória como responsável por uma equipa de concepção e fabrico de automatismos. Além disso, creio que foi um passo natural para a BERALMAR como fornecedor. Com a sua experiência nas áreas de secagem e cozedura, o mais natural era entrar na área da automatização.

NB: O que nos poderia dizer sobre a sua equipa?

CJ: É uma equipa que combina juventude e experiência. Os meus colaboradores têm entre 10 e 22 anos de experiência na concepção e fabrico de automatismos e, por isso, adquiriram uma certa maturidade profissional nesta área, ao mesmo tempo que têm ainda muito caminho a percorrer.

NB: A chegada da sua equipa pressupõe para a BERALMAR um importante enriquecimento em know-how. De que se trata? Como se caracteriza a nova oferta de automatismos da BERALMAR?

CJ: Por um lado, diria que uma das características é ser uma oferta completa. Temos experiência em qualquer solução para qualquer tipo de peça: cortadores, carga e descarga de qualquer tipo de secador, diferentes soluções para empilhar e desempilhar vagonetas, para encaixotar, aplicações com robótica, movimentação, etc. Pode dizer-se que não existe nenhuma necessidade que não possamos satisfazer.

NB: Agora só falta chegarem os pedidos?

CJ: Bem, a BERALMAR já comercializava automatismos antes da nossa incorporação, como parte do seu fornecimento de fábricas completas. A diferença é que agora, com o novo departamento de automatismos, se trata de tecnologia própria, concebida e fabricada pela BERALMAR, tal como os restantes equipamentos de secagem e cozedura. Neste sentido, deparámo-nos com uma organização muito activa que já se encontrava envolvida em diferentes projectos. Depois de um período necessário de integração e coordenação com os outros departamentos da empresa, temos a sorte de estarmos já ocupados com alguns projectos.

NB: Que continuem assim!

CJ: Oxalá! Devo dizer que a nossa integração foi muito simples por dois motivos. Por um lado, já conhecia muito bem o Artur Massaguer (director técnico da BERALMAR) desde os tempos da AGEMAC, bem como outros profissionais da empresa. Por outro lado, encontrámos um ambiente de trabalho extraordinário na BERALMAR e sentimo-nos muito bem acolhidos, tanto pela administração, como pelos novos colegas dos outros departamentos. Neste sentido, gostaria de aproveitar a entrevista para lhes agradecer publicamente em nome de toda a minha equipa.

A BERALMAR acaba de colocar em funcionamento um novo forno de túnel para a cerâmica MÁLYI TÉGLA de Mályi (Hungria).

Trata-se de um forno de túnel modelo PRESTHERMIC, que se caracteriza pelo seu acabamento em chapa soldada que, juntamente com a sua concepção estrutural, lhe dão propriedades herméticas que registam baixos consumos comparativamente aos fornos de túnel tradicionais.

O novo forno de túnel da MÁLYI TÉGLA, com 85 metros de comprimento e 4,70 metros de largura interior, tem uma capacidade de produção de 350 t/dia de diferentes formatos de termoargila. O forno é totalmente automático e está equipado com equipamentos de combustão de gás natural verticais e laterais, e com controlo automático do processo de cozedura MICROBER.

Um dos aspectos mais extraordinários desta instalação é a sua localização: o novo forno foi erguido numa unidade industrial com poucas possibilidades e com limitações de espaço dramáticas, o que dificultou muito a estruturação do projecto e que dá um valor acrescido ao resultado final.